A REALIDADE LOCAL COMO INSTRUMENTO DE TRANSVERSALIDADE DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO MÉDIO

Nome: Marisa Cristina Pinto
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 15/12/2020
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Marcos da Cunha Teixeira Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Manuella Villar Amado Examinador Externo
Marcos da Cunha Teixeira Orientador
Viviana Borges Corte Examinador Interno

Resumo: A experiência aqui relatada foi concebida na relação entre os princípios da
Educação ambiental crítica e do ensino de biologia em uma perspectiva
investigativa. O presente trabalho propôs envolver os educandos do primeiro
ano do ensino médio de uma escola estadual de Vila Velha-ES na produção
de fotos e vídeos sobre a realidade socioambiental do entorno da escola
como forma de transversalizar o tema meio ambiente. Para isso,
desenvolveram-se três sequências didáticas investigativas. Para o
desenvolvimento das sequências didáticas adotaram-se os princípios da
Educação ambiental crítica e da pesquisa-ação. Na primeira sequência
didática avaliou-se a percepção dos estudantes sobre o conceito de meio
ambiente e desenvolveram-se atividades investigativas a partir da produção
de fotografias sobre o ambiente do entorno da escola seguida de produção de
texto descritivo da realidade. Seguindo-se as questões e hipóteses colocadas
pelos alunos, a atividade finalizou com a abordagem dos conteúdos de
botânica que subsidiaram um projeto de plantio de árvores nativas. Na
segunda sequência didática abordou-se questão da poluição da água,
questão indicada pelos estudantes como a mais relevante para a
comunidade. A partir disso, os estudantes levantaram questões e hipóteses
sobre o histórico de degradação do rio que corta a comunidade. As pesquisas
dos estudantes conduziram para o estudo do processo da eutrofização e
outros conceitos associados com a realização de um experimento para testar
suas hipóteses sobre os efeitos da poluição na água. A terceira sequência
didática teve origem nos relatos, questionamentos e indignação dos
estudantes sobre os dramas que suas famílias vivem no período da pandemia
da Covid-19. A partir dos relatos a professora identificou a temática injustiça
ambiental como conceito potencial para ajudar os estudantes a
compreenderem as interações sociais e ecológicas presentes nos efeitos da
Pandemia. Após a sistematização dos problemas elencados pelos estudantes
a professora envolveu a turma em uma pesquisa sobre o mapa das injustiças
ambientais no Brasil. Após estudo de um caso relativo ao município de Vila
Velha os estudantes foram apresentados aos textos que traziam reflexões
sobre os conceitos relativos à injustiça ambiental. Em seguida, foram
motivados a registrarem em vídeos as realidades locais que, em sua ótica,
refletiam as injustiças ambientais. As imagens foram organizadas e editadas
para a produção de um vídeo documentário. Ao final do processo, pode-se
afirmar que ao pautar as sequências didáticas na realidade dos estudantes o
processo de ensino atuou como uma ferramenta que permitiu dar significado
à construção do conhecimento crítico investigativo dos alunos.
Especialmente, isso ficou bastante evidenciado quando a Professora se
apropriou dos problemas vivenciados pelos estudantes em função da
Pandemia da Covid-19 para balizar sua prática docente. A partir dos
9 resultados obtidos e das reflexões da experiência organizou-se um material
contendo orientações sobre o uso de fotos e vídeos como ferramentas para
mediarem a transversalização do tema meio ambiente. Além disso,
apresentam-se sugestões de sequências didáticas para auxiliar os
professores do ensino médio a se apropriarem do ensino por investigação.

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