Ecologia de Atta robusta (Hymenoptera: Formicidae) em florestas de eucalipto e muçunungas: subsídios ao manejo da formiga cortadeira ameaçada de extinção

Resumo: Atta robusta Borgmeier 1939 (Hymenoptera: Formicidae) é uma espécie de formiga cortadeira constante na lista oficial das espécies ameaçadas de extinção. Possivelmente é endêmica das restingas do Espírito Santo e Rio de Janeiro. Sua densidade populacional é de 1,6 ninhos/Ha e devido às constantes pressões sobre as restingas suas populações vem sofrendo declínio. No entanto, recentemente, sua presença foi registrada em florestas de eucalipto e de muçunungas no Norte do Espírito Santo. Possivelmente, A. robusta, que não tem merecido o status de praga agrícola, tem sido combatida ao ser confundida com A. sexdens, espécie comum nos eucaliptais. Diante desses novos registros, torna-se necessário comparar as repostas ecológicas de A. robusta nesses ambientes com vistas a reunir dados que subsidiem a tomada de decisões sobre o manejo da espécie.
Metodologia: Para testar a hipótese de que a substituição da vegetação de restinga por florestas de eucalipto favorece o aumento da densidade populacional da espécie ameaçada A.robusta será feita uma amostragem dos ninhos com uso da técnica de parcelas retangulares. As parcelas serão demarcadas em áreas de mata seca de restinga (controle) e áreas de florestas de eucalipto plantadas sobre solo de restingas (tratamento). Para cada área amostral serão demarcadas 10 parcelas com comprimento de 500 m e largura de 20 m. As parcelas serão percorridas para localização dos ninhos de A. robusta por meio de procura ativa destes ou de vestígios dos mesmos. Quando registrados vestígios estes serão utilizados para localização do ninho (não serão realizados registros de ninho apenas pela observação de vestígios). Ao avistar um ninho, será medida a distância do ponto central desde até a linha central da parcela. Para cada ninho encontrado serão coletados os seguintes dados: (i) distância do ninho em relação à linha central da parcela (além de reduzir a chance de superposição de amostragem de ninhos essa medida contribuirá para avaliar se existe um padrão de distribuição dos ninhos nas áreas amostrais), (ii) coordenadas geográficas para localização do ninho e (iii) área ocupada pelo ninho: será estimada multiplicando-se a maior largura pelo maior comprimento do monte de terra solta (Teixeira & Schoereder, 2003). Ao final da amostragem serão comparadas as seguintes variáveis entre às áreas amostrais: densidade populacional de A. robusta; área de solo ocupada pelos ninhos e estrutura etária de A. robusta. A partir dos resultados serão produzidos gráficos comparativos para avaliar se A. robusta apresenta respostas diferentes entre a área controle e o tratamento.

Data de início: 2019-01-02
Prazo (meses): 36

Participantes:

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Coordenador Marcos da Cunha Teixeira
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